quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

My Dying Bride Revisitando Toda Sua Obra em Apenas Uma Canção


Reencontrando-se com a sonoridade clássica


O ano de 2011 foi sem dúvida especial para o My Dying Bride, afinal de contas a banda estava marcando nada mais nada menos que 20 anos de carreira. 

Evidente que uma data tão emblemática não poderia passar em branco e primeiramente os fãs foram presenteados com o álbum duplo “Evinta” que trazia releituras de clássicos da banda em um formato ainda mais atmosférico e denso, uma proposta muito interessante, só que existia ai um porém, pois os fãs (assim como eu) que admiram os momentos mais pesados do grupo britânico ficaram meio ansiosos, mas ao ouvir esse novo lançamento posso dizer sem sombra de dúvida que todos os fãs do My Dying Bride terão motivos de sobra para comemorar.


My Dying Bride: 20 anos de história

O grupo atualmente formado por Aaron Stainthorpe (vocal), Andrew Graighan e Hamish Glencross  (guitarras), Lena Abe (baixo), Shaun Mac Gowan (violino) e Shaun Taylor Steels (bateria) vem com esse EP apresentando apenas uma música, “The Barghest O’ Whitby” que ao longo de seus 27 minutos consegue trazer elementos de todos seus trabalhos anteriores e ainda por cima mostrar que tem vitalidade para continuar firme na sua carreira.

Aaron Stainthorpe (Vocal)
Difícil transmitir todos as nuances que essa música apresenta, ao inicio tudo que você ouve é uma tempestade e o violino (que muitas vezes na carreira da banda soa como uma terceira guitarra) ao fundo, vindo logo depois guitarras esbanjando melancolia e a voz de Aaron gutural mais contida e declamada, lembrando aquele clima lúgubre de “The Angel and The Dark River” (1995) só que lá pelos 7 minutos a primeira mudança: Aaron vai variando os seus vocais, a bateria coloca um ritmo intenso e os tempos gloriosos de “Turn Loose The Swans” (1993) retornam surpreendente, para dizer o mínimo, acompanhando a letra você fica sabendo sobre uma lenda antiga de uma criatura (que aparece na capa) que rondava por Yorkshire, terra natal do grupo.

O ritmo vai diminuindo e uma sessão acústica vem prescindindo o retorno da tempestade em tons mais fantasmagóricos. A melodia dos movimentos iniciais da música vai retornando e quando você pensa que esta chegando o final da peça uma pequena pausa para o grand finale, uma poderosa seqüência do verdadeiro Doom/Death Metal que fez a fama do grupo na década de 90 e como é bom ver Aaron expulsando seus demônios com há tempo não fazia. Impossível não lembrar de trabalhos primordiais como o fantástico “As The Flowers Winthers” (1991) apoteótico, para dizer o mínimo.

Ao final de tudo fica mais do que evidenciado que por mais que tenha flertado com sonoridades mais distantes, o My Dying Bride sempre foi fiel ao seu estilo e ao lado do Paradise Lost mantém viva a chama do Doom Metal inglês (pena que o Anathema esqueceu como se faz).

Texto: Luiz Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação e http://www.listal.com/viewimage/2272799

Ficha Técnica
Banda: My Dying Bride
Álbum: The Barghest O’ Whitby
Ano: 2011
País: Reino Unido
Tipo: Doom Metal

Formação
Aaron Stainthorpe (vocal)
Andrew Graighan (guitarra)
Hamish Glencross (guitarras)
Lena Abe (baixo)
Shaun Mac Gowan (violino)
Shaun Taylor Steels (bateria)



Tracklist 
01. The Barghest O’ Whitby

Conheça mais sobre a banda

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