quarta-feira, 4 de abril de 2012

Entrevista: Manilla Road - The Road of the "Epic Metal Kings"

O Manilla Road 2012
                                     For English Version, Go HERE
Mais de 30 anos de estrada e muita dedicação ao Metal, a estrada trilhada por Mark "The Shark" Shelton e pela banda por ele criada e liderada, com certeza não foi fácil de ser percorrida.

Mas a música e a identidade criada, sustentada por vários temas adorados e cultuados por fãs e admiradores, atravessou tempos bons e tempos difíceis, e o tempo comprova que só quem possui qualidade, quem é verdadeiro com sua arte consegue ter longevidade.

Graças a sua qualidade e sua identidade, principalmente criada a partir da parte lírica, algo que Mark sempre procurou ter um diferencial, e a sua voz e guitarra inconfundíveis, além da devoção dos fãs, os quais segue conquistando, sendo que muitos fãs mais jovens de Metal continuam "descobrindo" a banda.

Em entrevista concedida recentemente ao Road To Metal, Mark fala sobre o último CD, "Playground of the Damned", sobre a sonoridade e identidade da banda, como foi trilhar essa longa estrada e seguir, mesmo com todos os percalços, produzindo grandes álbuns e, mesmo não tendo alcançado um certo, digamos, mainstream, é uma das bandas mais cultuadas (apesar do próprio Mark achar engraçado que usem o termo "cult" para a banda) e respeitadas do cenário metálico! Mark e o Manilla Road continuam trilhando a "Road of the Kings", a estrada dos Reis do Epic Metal! Up The Hammers!!!!     (English Version: Go HERE)


RtM: Inicialmente gostaríamos de saber sobre o mais recente trabalho do Manilla Road, “Playground of the Damned”. É um título bem forte e atual! Gostaria que você falasse a respeito da letra da faixa título e o porquê do nome do álbum.

Shark: “Playground of the Damned” nos tomou muito tempo para concluí-lo. Cerca de dois anos e meio. Havia muito caos dentro e em torno da banda e é meio que daí que o título do álbum vem. Senti-me como se o Manilla Road estivesse condenado a não ter nada além de problemas para finalizar este projeto!

O “playground” na minha maneira de imaginar, diz respeito ao estúdio como sendo nosso playground para fazer música. E é claro, nós, a banda, os condenados. Ele também tem a ver com as letras da faixa título, que refere-se a terra ser o playground da raça humana que, por sua vez são os condenados nesta metáfora. Sempre gostei dualidades e o título pareceu ter esse efeito duplo para mim, por isso o adotamos.


Rtm: Neste trabalho, não há um tema conceitual. Você sentiu a necessidade de escrever sobre temas diferentes? Existem algumas abordagens diferentes, mas sem abandonar mitologia ou temas fantásticos.

Shark: Bem nossos dois últimos álbuns foram realmente baseados em conceitos enormes e eu pensei que era hora de aliviar um pouco quanto a um álbum totalmente conceitual. Pelo menos para um álbum. Eu não gosto de rotina e eu não quero nunca que o Manilla entre em uma rotina musical, ou até mesmo um nicho, porque que iriam sufocar a criatividade da banda.

Eu sempre quero estar experimentando algo novo, ou pelo menos diferentes direções com o Manilla Road. Eu nunca vou abandonar a fantasia ou mitologia completamente, eu só quero continuar procurando pela nota perdida ou pelo som que ninguém nunca fez antes. Eu não quero sacrificar minhas raízes. Eu amo aonde o Manilla Road chegou em sua carreira, e eu não quero esquecer isso, mas ao mesmo tempo eu quero forjar um futuro com a banda.

Eu acho que ambas as coisas são possíveis ao mesmo tempo. Assim como “Playground” é  um pouco de ambos, experimentação e estilo tradicional, ao mesmo tempo. Mesmo que o disco não tenha um conceito específico durante todo o projeto ainda há um monte de histórias épicas que são contadas nele.


RtM: “The Art of War” e “Abattoir de la Mort”, são duas músicas bem comentado pelos fãs. “The Art of War”, última faixa do play,  parece fazer um paralelo entre os conflitos de hoje, com as batalhas medievais, onde havia mais honra, enquanto que “Abattoir” parece um tema de ficção,  mostrando assim a diversidade lírica deste trabalho. Será que você poderia comentar essa duas faixas?

Shark: Bem, você praticamente acertou em cheio o conceito de “Art of War”. É simplesmente um lembrete de que hoje não temos que olhar os nossos inimigos no olho para matá-los. Você só precisa apertar um botão. Você não precisa nem testemunhar o massacre pessoalmente. Isso tira a honra da batalha, se você me perguntar.

Mas isso é tecnologia. Como eu disse na música, nós tornamos muito fácil  matar nossa própria espécie. É também um lembrete de que pode chegar um momento em que toda essa tecnologia não exista mais e vamos ter que lutar mais uma vez com nossos inimigos cara a cara. Portanto, a mensagem é ainda sobre ensinar seus filhos a ficar e lutar por si mesmos. Você nunca sabe o que está esperando na próxima esquina. A vida está sempre mudando e cheia de surpresas.


Quanto a “Abattoir de la Mort” .... o próprio título é um duplo padrão. Como eu disse, eu amo duplo sentido e o título traduzido do francês para o Inglês é “Slaughterhouse of Death”. Eu costumava ser presidente do “Departamento de Redundância” (Risos). Esta canção é expressamente sobre meu estúdio, “Midgard Sound Labs".

Trata-se de todo o suor e sangue e dedicado trabalho que temos tido para a realização dos projetos que temos feito no estúdio. Nós o erguemos do chão e colocamos muito de nosso sangue e nossas vidas no lugar. Neste lugar nós destruímos o mundo muitas vezes, concebemos coisas míticas e mágicas além da crença do homem normal! É uma história metafórica sobre o “altar do sacrifício” que chamamos de “Midgard Sound Lab”!


RtM: A grande maioria dos comentários sobre o CD estão ok. Mas tem havido algumas questões a respeito da produção sonora, que poderia ter sido melhor, e que isto ocorre em vários registros do Manila, sendo que uma melhor produção traria mais brilho e força as já excelentes composições. O que você tem a dizer?  Seria intencional, a fim de manter o som “vintage”?

Shark: Nós simplesmente fazemos da nossa maneira. Acho que a diferença principal é que nós não usamos baterias sampleadas ou trigadas. Eu quero ouvir um baterista de verdade tocar bateria de verdade! E isso é muito raro hoje em dia. A maioria dos engenheiros, produtores e até mesmo bandas usam samples e sons de bateria trigadas. E sim, faz uma pintura sonora  perfeita, mas para mim não é o real Metal.

É como uma doença do popular hip-hop e cultura rap infectando a cena Metal. Eu só quero claramente reais “fucking drums”!!. Enquanto eu estiver envolvido na produção do Manilla Road a banda  nunca vai soar como qualquer outro mais. E de qualquer maneira, porque eu iria querer soar como qualquer um?  Sim, poderíamos estar sacrificando alguma qualidade de produção com o meu pensamento retrógado, “vintage”, mas isso é apenas a maneira que é.



Eu vou sempre tentar o meu melhor para fazer a música soar tão boa quanto possível com o que os estúdios e equipamentos  que temos à nossa disposição e, às vezes, podemos perder a marca um pouco, mas não é por falta de tentar. Sei também que algumas pessoas resenham baseados em sons “ripados” de má qualidade do LP que foi tirado do  Youtube e outros sites antes de os downloads digitais reais estarem  disponíveis, falando do “Playground”,  e os “rips” soam terríveis!!!






Tivemos até um pedido de desculpas de um crítico que analisou o álbum baseado em um destes maus “rips” e depois de ouvir o CD real liberado nos disse que estava arrependido das coisas que disse e colocou na resenha, porque depois de ouvir o release real decidiu que era grande e tinha um som muito bom. 

Eu ainda permaneço firme quanto a mixagem de “Playground” ser boa. Agora, “Voyager” é outra história. A versão final não soou como a master que entregamos para o selo. Quem fez a masterização final, brincou com a equalização e detonou com o som do álbum. Mas não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso.Nós apenas vamos continuar tentando fazer o melhor que pudermos e esperamos melhorar a cada projeto.

RtM: Sei que a banda grava de maneira analógica, e o que ouvimos é o que realmente tocado. Hoje deve ser mais caro gravar dessa maneira, principalmente investindo em estúdios maiores e grandes produções. 
Você já recebeu propostas de gravadoras para fazer uma produção mais cara, e ter uma melhor distribuição de seus álbuns também? Muitas pessoas que não conseguem encontrar os CDs. Os fãs de Metal, claro, sempre encontram uma maneira, mas vocês não acham que  merecem uma melhor distribuição e, além disso,  os mais jovens conheceriam e teriam acesso mais fácil ao seu trabalho?

Shark: Eu já recusei algumas ofertas maiores no passado por causa de selos que querem muito controle do produto e que tipo final de música nos projetos. Para mim, é tudo sempre pela arte!
Isso não quer dizer que se o negócio certo apareça eu não tope. Meu sonho de contrato seria o controle total do direcionamento musical, com tempo e recursos ilimitados para gravar em um estúdio muito bom com um renomado produtor. Você nunca pode dizer que não venha a acontecer algum dia. Se não acontecer, vou apenas continuar a fazer do meu jeito.


RtM: E Shows para divulgar o novo álbum? E o Brasil, a banda já recebeu algum contato sólido para vir ao país? Em abril teremos o “Metal Open Air”, como o Manilla tem se apresentado em vários festivais, tenho esperança que numa próxima edição vocês sejam convidados!

Shark: Eu adoraria tocar no Brasil, mas eu realmente não possuo contatos com promotores daí, e ainda não recebi nenhuma oferta realmente sólida.

RtM: E nestes festivais, como tem sido a reação dos fãs? você percebe que existem muitos fãs novos e jovens? Quais são as músicas mais pedidas nos shows?

Shark: Sim, ainda estamos ganhando novos fãs o tempo todo, inclusive jovens também, isso é muito legal, porque significa que o Metal vai viver por muito tempo. Quanto às músicas que são pedidas, vai de material muito antigo ao nosso novo material. É muito surpreendente para mim que ainda há um grande apreço por todo o nosso material.

Claro, há muitas canções que absolutamente temos que tocar ao vivo como “Necropolis” ou “Road of Kings”. É realmente difícil definir os set-lists de nossos shows, já que temos tantas músicas para escolher.


RtM: Qual é a grande diferença que você vê na cena do Metal hoje, em comparação com a cena dos anos 80?

Shark: Reprodução Digital. Qualquer pessoa pode ter a nossa música de graça agora e nós não chegamos hoje nem perto do que ganhávamos antes com as vendas de CD e LP. É o que acontece hoje para toda a indústria. Downloads grátis não estavam por aí na década de 80.

A internet é a grande diferença destes tempos. É uma faca de dois gumes também. Mesmo que nos impeça de ter grandes vendas, é uma grande ferramenta de promoção, e nós não seriamos tão conhecidos como somos sem a internet.




RtM: E os anos entre 83 e 86? Onde para a maioria dos fãs e imprensa especializada, vocês lançaram seus maiores clássicos. Que momentos você consideraria os mais memoráveis? E como eram as tours e produções de palco da época?

Shark: Na verdade, é engraçado que as pessoas pensem dessa maneira, porque a maioria das revistas daquela época não gostavam de nós. Foi só na França, Holanda e Polônia que podemos falar a respeito de qualquer tipo de reverência. Todos esses álbuns na época não foram bem recebidos em seus lançamentos. “Hino satânico”, a “banda mais feia do Rock”, era do que éramos chamados!




Não era uma imagem bonita que estava sendo pintada pela maioria dos comentaristas e jornalistas daquela época. Então, dizer que aqueles eram nossos melhores dias é meio engraçado para mim.
Nós não recebemos uma crítica negativa de “Atlantis Rising” quando ele foi lançado, então me parece muito mais sucesso do que quando do lançamento de nossos álbuns na década de 80!

Quanto aos nossos shows naquela época ....gostávamos de explodir tudo e qualquer coisa no palco todas as noites. Nós fazíamos um monte de efeitos especiais e coisas do tipo teatral que deixamos de lado há muito tempo. Agora é mais sobre a música do que qualquer outra coisa.


RtM:  Se você fosse apresentar um álbum do Manilla Road para um novo fã, qual você escolheria? Eu acho que é uma pergunta complicada!!!

Shark: “Gates of Fire” ou “The Deluge”. Na minha opinião os dois melhores projetos de todos os tempos que eu já fiz com o Manilla! (N. do R.: Respondeu de primeira! Achei que ia ser mais difícil dele responder, e não caiu no clichê de dizer que é o álbum mais recente!).

RtM: O Manilla Road teve uma grande lacuna entre 1992 e 2001, não lançando nenhum material, em seguida, houve a volta e reformulações. Você chegou a pensar que nunca mais voltaria com a banda ou para os palcos? Como foi esse tempo distante da cena e o retorno e as reformulações?

Shark: Houve apenas três anos que o Manilla Road deixou de existir. Randy , Harvey, Patrick e eu tocamos juntos por muitos anos durante esse tempo sem gravar qualquer projeto. Nós simplesmente não tínhamos qualquer apoio de selos naquela época. Foi por volta 2.000 que o interesse pelo Manilla começou a crescer, o que justificava prestar atenção novamente em nós.


A cena do Metal nos EUA esteve muito ruim e foram os fãs europeus que mantiveram a banda viva. Foi a demanda da Europa que causou a volta e reformulação do Manilla Road, e o motivo de tentarmos novamente.

RtM: Quando foi que você decidiu fazer Manilla Road um quarteto? E como você chegou até  Bryan Patrick (que faz a maioria dos vocais ao vivo atualmente)?

Shark: Bryan vem trabalhando com o Manilla desde o início dos anos 80, e foi em 2000 que se tornou evidente para mim que ele deveria estar cantando na banda.

RtM: Algumas pessoas acham que a banda mudou muito o som. Eu pessoalmente acho que Manilla Road manteve a identidade e as principais características. Apesar das reformulações,  mantém características que lhe rendeu títulos como "Ridlle Masters" e "Epic Metal Masters ". O que você pensa a respeito?

Shark: Como eu disse antes, estamos sempre experimentando sonoridades. Não há nenhum álbum do Manilla Road que soe exatamente como outro, então eu não estou bem certo se você pode dizer que a banda tenha uma sonoridade específica.


Está sempre mudando. Mas ao mesmo tempo, temos tentado manter um certo aspecto das raízes da banda. Nós temos um som distinto por causa da minha voz, que soa como nenhuma outra, e minha guitarra que é tocada de maneira diferente, soando a sua própria maneira, então, por isso sempre haverá um traço de familiaridade no som da banda, mas na maior parte do tempo, a música e a sonoridade do Manilla sempre está em um estado de perpétua mudança.

RtM: E sobre o futuro? O que podemos esperar? Há planos para um DVD?  Foi ótimo ver a banda nos DVDs do “Keep It True” e “Headbangers Open Air”, especialmente para aqueles que não podem ir a um show!

Shark: Sim, estamos trabalhando em algum material para um DVD, e estou certo de que haverá material ao vivo saindo muito em breve!

RtM: Bem Mark, realmente obrigado pela sua atenção e palavras, nós provavelmente poderíamos escrever muitos livros com as histórias da banda, ou fazer uma entrevista com centenas de páginas, mas vamos economizar o seu tempo! he he He ! Mas esperamos em breve, no próximo lançamento do Manilla, conversarmos novamente! Foi uma honra para nós! Esperamos ver a banda no Brasil, e esperamos muitos novos CDs do Manilla Road!

Shark: Muito obrigado por fazer essa entrevista comigo e pelo apoio ao Manilla Road. Gostaria também de agradecer aos nossos fãs, simpatizantes e amigos, que tornaram tudo isso possível para nós por causa de sua eterna fé no Epic Metal e no Manilla Road.!!Abençoados sejam todos vocês!

Up the Hammers, and Down the Nails!!!!

                         Shark


Manilla Road é:
Mark "The Shark" Shelton: Guitarras e Vocais
Bryan Patrick: Vocais
Joshua Castillo: Baixo
Andreas "Neudi" Neuderth: Bateria

O experiente "Neudi", reforçando as fileiras do Manilla
EXTRAS:


\m/  "Hellwell" é um projeto que Mark e alguns amigos e outros membros do Manilla estão finalizando, e será lançado também pela Shadow Kingdom Records, selo atual da banda, e o vocalista e guitarrista brinca que esta banda é como o gêmeo maligno do Manilla Road.

\m/ Neudi Neuderth, que substituiu Corey "Hardcore" nas baquetas do Manilla, bem antes de entrar na banda no final de 2011, já citava o Manilla Road como sua banda favorita!!! Já bem rodado e experiente. Nascido na Alemanha em 1971, ao 16 fazia um programa de TV chamado "Metal Battle" em um canal local. Integrou bandas como Sudden Darkness, Savage Grace, Seduction, Viron e Roxxcalibur, projeto tributo a NWOBHM.

\m/ Bryan "Hellroadie" Patrick, que atualmente faz a maioria dos vocais ao vivo no Manilla, é amigo da banda desde 1981, e já fez um pouco de tudo, desde roadie até técnico de guitarra e bateria, e conheceu a banda através do álbum "Invasion", e, como disse Shark, depois de um tempo pareceu óbvio que ele devia estar no palco!

\m/ No início de sua carreira Mark "The Shark" chegou a tocar bateria, em uma banda chamada Embryo , para o grupo de jazz de seu padrasto, chamada The Heard e também em alguns pequenos grupos de country.

\m/ A inspiração das letras que escreve para as canções da banda, Mark conta que vem do seu hábito de ler e estudar, seja sobre temas históricos, mitologia, fantasia e contos de horror (no recente álbum, "playground of the Damned", por exemplo, "Into the Maelstrom" é inspirada em conto de Edgar Allan Poe) sendo que dá uma grande importância a parte lírica, tentando sempre fazer algo diferente do usual.
No álbum "Gates of Fire", que cita como um dos seu preferidos, fala sobre a queda de Tróia, baseado na versão do poeta Virgílio, e conta que teve de ler e traduzir poemas em grego!


Por: Carlos "Up The Hammers" Garcia
Edição: Carlos Garcia
Revisão: V. "Butcher"
Gostaria de dedicar a entrevista aos meus amigos de minha cidade, Santo Antônio das Missões-RS, que sabem o quanto era, e ainda é, complicado ser fã de Metal no interior! Seja pela distância que dificulta ir a shows, até a dificuldade que era conseguir material e informação!



2 comentários:

fábio disse...

é uma daquelas banda que merecia muito mais reconhecimento. Como o Shark mesmo falou, eles, assim como muitas outras bandas mais veteranas, são mais valorizadas agora

Anônimo disse...

Metal na veia.sem frescura.Hail MR!