quinta-feira, 31 de maio de 2012

Overkill: Cada Vez Mais Forte & Revigorado



O Overkill acaba de lançar seu 16° álbum de estúdio, que veio com a missão “quase impossível” de ser tão bom quanto seu antecessor, “Ironbound” de 2010. Mas não é que os americanos surpreenderam mais uma vez, pois o que ouvimos em “The Electric Age” é tão poderoso que com certeza irá ganhar status de clássico.

Bobby "Blitz" Ellsworth e D.D. Verni realmente trouxeram a tona todo seu poder em 10 petardos que deixarão os thrashers mais do que satisfeitos, riffs cortantes, aliados ao baixo mais do que marcante de D.D., uma bateria pulsante e correta que metralha os bumbos a todo o instante, sem contar as vociferações de Bobby que andam cada vez melhores, parecendo um garoto de 20 anos, mostrando uma agressividade estonteante.

Citar destaques em um álbum como este realmente é difícil, mas ouça: “Come And Get It” que abre o álbum com seus mais de 6 minutos de puro Thrash Metal, mostrando grandes variações com o baixo de D.D. ditando o ritmo, com seu refrão grudento e cativante, sujeita a ser mais um clássico nos shows.



“Wish You Were Dead” vem na mesma linha, mostrando que realmente Bobby está em plena forma despejando suas vociferações mais do que únicas, sem contar os riffs e solos altamente potentes que ouvimos.

“Save Yourself” e “Drop The Hammer Down” vêm para mostrar a veia croosover do Overkiil, trazendo a tona suas influências que vão do Punk ao HC sem soar datado e nunca esquecendo o bom e velho Thrash Metal.

Se você realmente é fã de Thrash Metal não deixe de ouvir este petardo que com certeza entrará em muitas listas de melhor disco do ano. Altamente recomendado!


Resenha por: Renato Sanson
Edição & Revisão: Alexandre Ferreira
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica

Banda: Overkill
Album: The Electric Age
Ano: 2012
País: EUA
Tipo: Thrash Metal
Selo: Nuclear Blast

Formação:

Bobby "Blitz" Ellsworth (vocal)
D.D. Verni (baixo & backing vocals)
Dave Linsk (guitarra)
Derek Tailer (guitarra)
Ron Lipnicki (bateria)



Track List:

01. Come and Get It
02. Electric Rattlesnake
03. Wish You Were Dead
04. Black Daze
05. Save Yourself
06. Drop the Hammer Down
07. 21ST Century Man
08. Old Wounds, New Scars
09. All Over But the Shouting
10. Good Night 



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Flying Colors: Música Nova à Moda Antiga


O supergrupo Flying Colors nasceu da ideia de reunir músicos virtuosos e um cantor pop, para juntos criarem músicas novas do jeito antigo, então em 2008 o produtor Bill Evans colocou em ação seu plano, sendo que além de músicos virtuosos, que fossem grandes compositores, também teria que ter uma produção visionária, que fosse a extensão desse grupo, criando todas as condições de criar um clássico.

Pois bem, os músicos que receberam essa proposta foram Mike Portnoy (bateria, vocais), Dave LaRue (baixo), Neal Morse (teclados, vocais), Steve Morse (Guitarra),  e a produção ficou a cargo de Peter Collins, que tem em seu currículo mais de cem produções, entre os artistas que produziu estão Rush, Elton John, Bon Jovi e Jewel.


Até aí, sujeitos que dispensam apresentações no meio que acompanhamos, somente o vocalista escolhido, Casey McPherson (contratado do selo Hollywood/Disney), cantor e letrista, que, inclusive seguindo a proposta inicial, não é do meio, porém se mostrou versátil e competente, e foi escolhido por Evans e Collins que já haviam pesquisado mais de cem vocalistas, sendo que chegaram até ele por sugestão de Portnoy.
Formada a banda e definida a equipe, em pouco tempo de trabalho, concluíram que a química foi perfeita, e logo já tinham as primeiras composições engatilhadas.


Trabalhando da forma antiga, ou seja, captando as gravações como se fossem ao vivo, e ter o máximo de espontaneidade, nada de alta tecnologia para deixar a música perfeita e limpinha, tratando mesmo de preservar a performance e o feeling do momento.

Mesmo com o tempo escasso devido as agendas dos músicos (Steve Morse gravou muitas de suas partes em quartos de hotel), o trabalho foi fluindo, e o resultado foi muito bom! Não vão mudar o mundo, mas cometeram uma bela peça musical, muito bem executada, diversificada musicalmente e pode-se dizer que conseguiram realizar a ideia inicial, ou seja, fazer uma música calcada nos clássicos, porém sem soar datada.

Nas primeiras audições pude sentir o "aroma" dos clássicos, me vieram a mente álbuns como "Beck, Bogart & Appice" (até por também se tratar de uma "junção" de feras, e temos vários outros exemplos de grandes projetos e bandas que reuniram nomes de peso e cometeram pequenas obras-primas, e, claro, também temos exemplos que se tornaram em decepção, afinal a expectativa que se gera em torno de algum "supergrupo" é enorme!) mas, conforme a proposta, nada soa datado ou reciclado, e nada de virtuose exagerada, com música feita para músicos.


A abertura com "Blue Ocean" foi uma bela escolha pra mostrar isso, as levadas, a linha de baixo, os vocais e backing vocals no refrão, o solo de Steve, a música soa clássica, atual e com um acento pop ao mesmo tempo. "Shoulda Coulda Woulda" tem uma pegada mais pesada, influências do Hard setentista, enquanto que "Kayla" e "The Storm" são mais calmas e melodiosas, possuindo um refrões e melodias agradáveis e pegajosas; "Love Is What I'm Waiting For" chega a lembrar Beatles, e também possui o dom de grudar na mente de imediato;

"Everything Changes", é uma balada POP, com orquestrações e linhas vocais de muito bom gosto, chega a lembrar algo de Queen em algumas partes; "Infinite Fire" é cheia de virtuosismo ( e não soa nem um pouco chata!!), com cada músico tendo espaço para mostrar o que sabe, e nessa faixa podemos identificar muito do progressivo de grupos como Yes ou King Krimson, enquanto que "Walls Falls Down" é quase Metal! Ou seja, tem muita diversidade, sendo que podemos identificar partes de cada um dos componentes nas faixas que fazem parte do play. O feeling foi valorizado, as músicas soam espontâneas como verdadeiras jams! É o "old fashion way"!! As influências de cada um deles, que vem do Classic Rock setentista, do progressivo, elementos de suas bandas principais,  se somam e acabam se transformando no Flying Colors.


Talvez alguém que vá ouvir esperando algo muito semelhante ao que os músicos, excetuando o vocalista Casey McPherson, fazem em suas bandas principais, ou em outras formações que fizeram parte, acabe por se decepcionar, porém, se ouvir com a mente aberta vai aprovar, e logo vai estar assoviando e cantarolando as melodias, eu garanto!
O Flying Colors está aprovado, e os membros fazem questão de dizer que são uma banda, não um projeto, apesar da agenda apertada, e esperamos mais música de qualidade dessas feras!Virtuosismo a serviço do bom gosto!


Texto e Edição: Carlos Garcia
Revisão: Ian Fraiser
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica:
Banda: Flying Colors
Álbum: Flying Colors
Ano: 2012
Produção: Peter Collins
Mixagem: Michael Brauer
Estilo: Ouça e tire suas conclusões!


Formação: Nem precisa repetir!

Tracklist:
1. Blue Ocean 
2. Shoulda Coulda Woulda 
3. Kayla 
4. The Storm 
5. Forever in a Daze 
6. Love is What I'm Waiting For 
7. Everything Changes 
8. Better Than Walking Away 
9. All Falls Down 
10. Fool in My Heart 
11. Infinite Fire



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terça-feira, 29 de maio de 2012

Afiado Como Nunca: A Banda de Fast Eddie Clark

Fastway lança novo álbum após mais de 20 anos

Talvez o nome Fastway não diga muita coisa para quem não conhece a fundo a história do Motörhead. A verdade é que, desde que o guitarrista ‘Fast’ Eddie Clark deixou a banda de Lemmy, passou a se dedicar ao citado grupo (formado ao lado de Pete Way, baixista do UFO, daí a origem do nome FAST - WAY, o qual deixou a banda posteriormente, mas o nome foi mantido), até que no inicio dos anos 90 encerrou as atividades, chegando a pensar em aposentadoria.

Passados mais de 20 anos, Fastway retorna, revigorado e, diga-se de passagem, mais afiado que nunca. “Eat Dog Eat”, lançado ano passado, traz uma banda madura, mas sem esquecer o som “sujo” dos anos 70/80, ajudados bastante pelo novo vocalista, Tob Jepson (ex-Little Angels), uma “revelação” e que tem dividido os vocais do Dio Disciples junto com Tim Owens.

São 10 faixas que não trazem riffs rápidos como na época Motörhead, o que pouco importa, afinal, Fastway tem suas características próprias. Músicas como “Dead and Gone” e “Sick As a Dog” (a melhor do disco) mostram uma veia saltada de Blues e Rock Clássico, naqueles sons que te fazem imaginar viajar montado numa Harley Deivdson mundo afora, jaqueta de couro e muita história para contar.
            
Há outros destaques, mas é um disco que você põe rodar desde a primeira “Deliver Me” e, quando chega na finaleira com “Love I Need” e “On and On”, fica com a impressão que o disco é muito curto para tanta qualidade. Vale conferir sem medo.

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Fastway
Álbum: Eat Dog Eat
Ano: 2011
País: Inglaterra
Tipo: Rock & Roll/Hard Rock/Heavy Rock

Formação
‘Fast’ Eddie Clark (Guitarra)
Tob Jepson (Vocal e Baixo)
Matt Eldridge (Bateria)





Tracklist
01. Deliver Me
02. Fade Out
03. Leave The Light On
04. Loving Fool
05. Dead And Gone
06. Sick As A Dog
07. Freedom Song
08. Do You Believe?
09. Love I Need
10. On And On

Acesse e conheça mais sobre a banda

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Europe: Nada de Ser Uma Cópia de Si Mesmo


Estamos cansados de ver o que acontece com algumas bandas que ficam fazendo músicas requentadas, ou repetindo fórmulas, soando forçado, seja por falta de inspiração, preguiça, ou simples desinteresse em fazer algo novo, simplesmente jogando um produto com seu nome para obter algum retorno comercial, ou cumprir contrato, mas, felizmente, temos o outro lado, que busca inovação, tem o prazer de criar música, de tentar se superar e se reinventar, não ficar datado.

O Europe, que nos anos 80 teve álbuns que alcançaram grande sucesso, principalmente o mega hit "The Final Countdown", do álbum homônimo, e até hoje serve de influência para várias bandas novas de Hard Rock (aliás, a Suécia continua produzindo várias excelentes bandas de Hard, e muitas soando como se tivessem saído dos anos 80), porém, quando do seu retorno no final de 2003, lançando em seguida, em 2004, o álbum "Start From The Dark", os suécos não trataram de se repetir ou apostar em fazer um novo hit nos moldes de "The Final Countdown", o que talvez seria bem mais vantajoso comercialmente, mas mostraram um som moderno e pesado, revigorado e nada reciclado.



A partir daí, já lançou mais 2 álbuns de estúdio ("Secret Society", de 2006, e "Last Look At Eden", de 2009), além de DVDs e o ao vivo e semi-acústico "Almost Unplugged", revisitando seus clássicos, e mostrando suas influências setentistas e blueseiras, e agora lança um terceiro, este excelente "Bag Of Bones", que traz ainda mais à tona essas raízes.

As mais evidentes são as setentistas, e pode-se ouvir e sentir a veia Led Zeppelin, UFO e Whistesnake pulsando, tudo regado a Blues (que também é uma influência latente nas três bandas clássicas citadas).

Isto já é sentido nos primeiros acordes e riffs de "Riches To Rags" e na maravilhosa "Not Supposed To Sing The Blues", que mostra claramente as influências da banda e sua intenção quanto a sonoridade que buscou, tendo até uns sons orientais ("Kashmir", do Zeppelin veio logo na cabeça). A faixa título, "Bag Of Bones", também é uma que logo se destaca, início bluesy, com direito a slides e destacando a interpretação de Joey, sendo que logo a canção ganha mais peso e possui um refrão pra lá de grudento. Muito Zeppelin aqui também! Só pra citar mais um destaque neste maravilhoso álbum, "Bring It All Home", é uma baladona inspirada e emocional, fechando magistralmente o álbum.


A produção ficou a cargo do "The Caveman", como é conhecido Kevin Shirley (Iron Maiden, Dream Theater, Black Country Communion), e também tiveram a contribuição do guitarrista Joe Bonamassa, o que abrilhantou ainda mais o trabalho.

Em mais um belo trabalho, Joey Tempest e John Norum, mostram mais uma vez que não precisam se repetir, e que podem soar modernos sem perder as raízes, belo exemplo para muita gente. Grande acerto  da banda e já candidato a um dos melhores lançamentos de 2012.

Texto e Edição: Carlos Garcia
Revisão: Vincet Furnier

Ficha Técnica
Banda: Europe
Álbum: Bag Of Bones
Ano: 2012
País: Suécia
Estilo: Hard/Classic Rock
Selo:Sony/JVC

Formação
Joey Tempest: Vocals
John Norum: Guitars
John Levén: Bass
Mic Michaeli: Keyboards
Ian Haugland: Drums


Tracklist:
01 – Riches To Rags
02 – Not Supposed To Sing the Blues
03 – Firebox
04 – Bag Of Bones
05 – Requiem
06 – My Woman My Friend
07 – Demon Head
08 – Drink And A Smile
09 – Doghouse
10 – Mercy You Mercy Me
11 – Bring It All Home
(Bônus Japão: Beautiful Disaster)

domingo, 27 de maio de 2012

Entrevista: Zilla – Evolução Pragmática

Entrevistamos a banda Zilla, de Brasília/DF
 
Um dos grandes méritos do Wacken Metal Battle é revelar para o Brasil grandes bandas vindas de diferentes regiões do país, sendo que a etapa desse ano (que teve como vencedora a grande Nekrost) mostrou o que todo os bangers já sabem  e a grande mídia deveria saber: o Metal Brasileiro é um dos melhores do mundo.

Nas seletivas de Brasília/DF, a grande vencedora foi a banda Zilla (que já figurou aqui nas matérias especiais sobre bandas vencedoras do WMB), porém o trabalho dos caras é tão acima da média que o Road to Metal decidiu trocar umas ideias com mais uma grande revelação nacional. Confira a conversa com Mark Nagash, guitarrista da banda.

Road to Metal: Hail Zilla! Em nome do blog Road to Metal, obrigado pelo contato. No Myspace está escrito que a banda começou suas atividades em 2002 tocando Hardcore, depois vocês partiram para o Thrash para finalmente chegar na proposta atual: um Death Metal com elementos progressivos. O que  motivou tantas mudanças na sonoridade da banda?

Mark: Nós também ficamos muito gratos e felizes por esta entrevista com a Road to Metal.
Sim! Realmente começamos com estilos diferentes e acabamos por lançar um CD totalmente adverso a proposta inicial, apesar disto, a grande motivação sempre foi buscar novas sonoridades, a banda está marchando para 10 anos de estrada e é muito satisfatório ter experimentado outros gêneros do metal. Inclusive, este também é um dos motivos do qual lançamos o primeiro CD intitulado, Pragmatic Evolution, pois, muito se explica neste contexto.



RtM: Antes de chegar no seu primeiro CD oficial, vocês lançaram duas demos (“Dry Thoat” em 2005 e “DEMOnstration Version” em 2008). Quais eram os objetivos do Zilla com esses lançamentos? E como foi para vocês a repercussão das demos na época dos seus respectivos lançamentos ?

Mark: Dry Thorat foi uma experiência indescritível. As pessoas sempre nos falavam que nossa música era muito pesada e por este motivo queríamos conferir isso de alguma forma. Comecei a compor nossas músicas, pois, só tocávamos covers, entramos em estúdio e gravamos algumas músicas. A receptividade foi boa de modo geral. Com a entrada de nosso atual vocalista, Lucas, resolvemos mais uma vez testar como estava funcionando nossa música com ele, foi quando gravamos DEMOnstration Version e percebemos que perderiamos explorar novas vertentes musicais e nos firmamos no estilo atual, Melodic Death Metal com influências de Technical e Progressive Metal.

RtM: Em 2010 é lançado “Pragmatic Evolution”, entretanto, as gravações começaram em 2009. Como foi esse intervalo de tempo de produção até o lançamento em si? E vocês ficaram satisfeitos com o trabalho do produtor Caio Duarte (Dynahead)? 

Mark: As gravações de Pragmatic Evolution começaram no final de 2009. Quando recebemos a versão masterizada, enviamos para a empresa responsável pela prensagem no início de 2010. Esse processo é realmente demorado no inicio de todo ano, então tivemos que aguardar a nossa vez e segurar a ansiedade para o lançamento independente, pois, até o presente momento estamos sem selo. Estamos muito satisfeitos com o trabalho do Caio Duarte, ele é um excelente produtor. Ele captou rapidamente o que queríamos fazer no CD e soube produzi-lo com extrema qualidade.

Debut album contou com a produção de Caio Duarte (Dynahead) e capa do próprio guitarrista Mark Nagash

RtM: A arte gráfica do CD ficou por sua conta Mark Nagash e é um trabalho que realmente impressiona. Qual a relação dela com a temática do álbum? E quais outros trabalhos que você já assinou no meio Metal?

Mark: Enquanto estávamos no processo de gravação, frequentemente nos reuníamos para discutir como estavam os andamentos do CD e também a temática da capa. Então eu tive a ideia de procurar saber de cada integrante como deveríamos expressar o ZILLA em forma de imagem simbolizada. A capa tem itens de cada música e do que nós aprendemos com a banda, o significado do nome ZILLA e etc. Por exemplo: A explosão na cidade ao fundo é citado em “Neverending Violence”, “Massacre” e “ Nothing but Chaos”. A mulher que sai do espelho no deserto é relativo a “Comfortable Pain”, “Pragmatic Evolution”, “Day to Crawl in Darkness” e “Inner Vision”, ou seja, vários elementos contidos na capa e na contra capa estão nas entrelinhas das letras.
Tenho vários trabalhos espalhados na cena Metal. Fiz a capa do Single “Give Help to Yourself”, foi como contribui para a reconstrução do Chile após o terremoto que devastou o país recentemente. Trabalhei para o X-Hatred no álbum “All Pages Burned” lançado em 2010, inclusive tocamos com eles no show de lançamento do CD. E recentemente estou trabalhando para uma banda de Death Metal, também de Brasília, o Isolate.

RtM: Poderíamos citar o Zilla como uma banda de Death com elementos melódicos e progressivos. Sendo assim, quais são as principais influências da banda? E na hora de compor vocês tem alguma preocupação em especial com a sonoridade que as músicas estão seguindo?

Mark: A banda possui várias influências, em termos comparativos, algumas pessoas dizem que percebem influências de Carcass, Death e Dark Tranquillity. Como eu componho todas as músicas tenho realmente cautela para que algumas influências não apareçam e não deixe nossa música clichê. Apesar disto, não há uma preocupação com relação ao rumo de onde a música vai chegar, e sem dúvidas a maior prova disto estará explicito em nosso próximo álbum, que já está todo composto.

Durante a seletiva de Brasília do Wacken Metal Battle 

RtM: Um CD oficial, vídeos no Youtube e a vitória do Metal Battle etapa Brasília. Com tudo isso na bagagem o que falta para o Zilla se confirmar na cena brasileira?

Mark: Reconhecimento. É o que toda banda espera ter na cena. Sabemos que nada disso é fácil e que temos que trabalhar muito e corrermos muito na estrada. Sem dúvidas uma turnê nos ajudaria bastante, mas até isso ocorrer, vamos trilhando adiante.

RtM: Uma coisa que não poderia deixar de perguntar é o que está acontecendo na cena de Brasília, pois o número de bandas que estão vindo daí é impressionante (Blazing Dogs, Dynahead, Coral de Espíritos , Mork ) e todas de muita qualidade. A cena de vocês é unida e existe bons lugares para uma banda tocar e bons estúdios para gravação?

Mark: Não é fácil falar da cena daqui. Às vezes tem show com ótimas bandas e vão poucas pessoas e às vezes ocorre justamente o contrário. É meio relativo. Os músicos daqui sem dúvidas são muito unidos e muito amigos, são sem dúvidas muito profissionais. O profissionalismo musical daqui é muito bom e sempre há alguém que serve como referência, seja do estilo ou individualmente como musicista. Há pouquíssimos lugares bons para shows aqui, dá para se contar nos dedos. Ocorrem muitos eventos em praças e lugares públicos por conta disso da escassez de casas de shows. Recentemente alguns bons estúdios de gravação abriram as portas. Estes geralmente dirigidos por músicos que estão atuando diretamente na cena e que conhecem as exigências do mercado e que primam pela qualidade final de cada trabalho.

RtM: Atualmente o Death Metal com uma veia mais melódica vem conquistando cada vez mais público, porém muitos veem no estilo uma contradição, pois o Death nasceu  agressivo na sua essência. Como vocês avaliam essa questão?

Mark: Acredito que na verdade isso é uma questão de consenso em qualquer banda. Gostamos muito de Death Metal tradicional, mas, no geral optamos pelo o que fazemos hoje. Alguns músicos como Mikael Åkerfeldt do Opeth e Bloodbath tocam gêneros diferentes em bandas diferentes, creio que até mesmo para manter o gênero de cada uma constante e fiel, ao menos é o que dá para entender. Não avaliamos a nossa música dessa forma se ela será contraditória ou não. Basta apenas a música ser boa.

RtM: Como vocês conseguiram contato com a gravadora Digmetal? E qual foi o critério da faixa que entrou na coletânea “Another Kind of Evil volume 2”?

Mark: Foi através de uma grande amiga, DJ Valkyrie, que tem um programa de Rádio na Hard Rock Radio Live nos Estados Unidos. Ela tem nos apoiado muito na cena underground no exterior como amiga e parceira da banda. A faixa dessa coletânea e a Nothing but Chaos. Recentemente eles lançaram outra coletânea com a Pragmatic Evolution com o Bonus Track.

RtM: Agora em 2012 vocês lançaram EP “Misrule” que mostra uma evolução muito grande na sonoridade da banda que já era impressionante. Como vocês avaliam esse amadurecimento da banda? E existem relações entre esse novo trabalho com um futuro segundo trabalho?

Mark: O amadurecimento é algo natural que a banda aprecia muito desde o início. Quando começamos nossas atividades o público já percebia que a sonoridade da banda já trazia algo que só uma banda com estrada poderia proporcionar. Relativo ao EP Misrule realmente empregamos em estúdio o que havíamos aprendido durante as gravações de Pragmatic Evolution o que nos resultou em ótimas críticas. Foi muito bacana ter trabalhado com o Caio Duarte novamente, isso sem dúvidas nos ajudou bastante. Bom, a relatividade entre o EP e o próximo álbum é que Misrule e Deep in Slumber seriam as bônus tracks. Elas estavam destinadas para esse propósito, mas, precisávamos lançar o EP já com o formato que o ZILLA apresenta hoje e não queríamos usar músicas do álbum propriamente dito então as usamos e complementamos o EP com uma música acústica e uma versão instrumental do álbum anterior. As letras não condizem também para o que escrevemos para o próximo álbum, ele terá temática própria.

RtM: O EP foi disponibilizado para download, mas mesmo assim a banda manteve o padrão tendo uma arte gráfica impressionante. Existem planos para lançá-lo no formato físico? E a propósito, qual a história narrada nesse novo lançamento?

Mark: A princípio não o lançaríamos em formato físico, seria somente para download mesmo. Porém, a aceitação tem sido ótima e muitos fãs tem cobrado o formato físico o que realmente nos fez mudar de ideia e provavelmente faremos isso muito brevemente. Como você mesmo citou primamos em manter a qualidade em todos os aspectos e claro, a começar da capa. Queríamos uma sonoridade mais pesada e um pouco diferenciada do primeiro álbum e conseguimos isso com ajuda de nosso produtor. As letras em si são distintas, Misrule fala de um mundo sem governo após uma situação turbulenta e de caos total. Deep in Slumber é sobre não estar com os pés no chão, viver dormindo para a realidade, inclusive nessa música consegui a proeza de arrancar uma corda numa alavancada durante as gravações (risos) foi insano.

RtM: Recentemente a banda mudou de formação até por motivos de saúde. Comente um pouco mais sobre ocorrido e como está o clima da nova formação?

Mark: Sim, é verdade! O meu irmão mais novo, Victor, teve problemas sérios de saúde. Ele tem um desvio na coluna que o atrapalhou bastante a ponto de não poder mais ensaiar e nem fazer shows. Então por ordem natural o Glauco que já era roadie dele recebeu a responsabilidade das baquetas. O clima está ótimo! O Glauco já entrou muito empolgado e vencendo uma seletiva que foi a do Wacken Metal Battle Brasília 2011. Este ano gravamos o EP e ele se saiu super bem. Só temos agora que trabalhar mais, ensaiarmos as músicas para o próximo CD. Não demora muito e teremos mais novidades pra galera.

RtM: Obrigado pela entrevista. Gostaria de deixar algum recado para os leitões do Road to Metal?

Mark: Força extrema sempre! Um grande abraço a todos os leitores, espero que gostem da entrevista e acompanhem a trajetória da banda ZILLA. Em nome da banda ZILLA fico muito feliz por compartilhar um pouco de nossa história com os Headbangers que acompanham o trabalho da Road to Metal.

Entrevista: Luiz Harley
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

sábado, 26 de maio de 2012

Totem: Poesia e Língua Portuguesa à Serviço do Rock Pesado



“A língua portuguesa, que para muitas bandas de rock é empecilho, para o Totem é sua melhor qualidade”. Inicio a matéria com esta afirmação do release oficial da banda brasiliense Totem.
Com pelo menos 13 anos de carreira, o grupo do Distrito Federal seguiu firme na luta por manter seu som vivo e, embora tendo lançado três demos, apenas ano passado lançou seu primeiro disco completo, “Vale Quanto Pesa”.
Quarteto lançou seu primeiro álbum completo "Vale Quanto Pesa"

Nesse tempo todo, algo admirável é o fato da formação permanecer a mesma desde o início, com Régis Véi no vocal, Fábio Marreco na guitarra, Alex Siqueira no baixo e Thiago Totem na bateria. Mas, e o som? Aí, meu amigo, é que a coisa mostra sua real força.
“Vale Quanto Pesa” (gravado com auxilio do FAC – Fundo de Auxílio à Cultura) traz uma banda que une o Rock Clássico com o peso do Heavy Metal, com riffs que caminham entre o Heavy e o Thrash, com os vocais marcantes de Régis Véi cantados em português, além de uma cozinha com várias viradas de ritmo, deixando a banda, em algumas composições, bastante perto do Metal Progressivo, mas sem soar cansativa e cheia de firulas.
O grande atrativo é, com certeza, a língua. Com letras de pura poesia urbana e simbologias, a banda faz uma crítica à sociedade e traz canções que falam de sentimentos de uma forma que somente poetas são capazes e, o melhor, em língua portuguesa.
Músicas como “Nojanta” traz um peso absurdo, que irá agradar aos mais extremistas, que esperam um disco pesado e cheio de agressividade. Mas não é apenas mais uma banda extrema, e sim um grupo que ousa sem medo e, ao invés de cair numa miscelânea sem sentido, deixa cada uma das 12 faixas com um “quê” especial, seja no refrão, seja na letra, o clima cadenciado (ouça “Esse Morcego”, arrastadão estilo Black Sabbath), etc.
Também há espaço para as baladas, com “Ela Pintada” (até postei uma frase dela nas minhas redes sociais) e “Balada Perdida”, uma linda canção e a mais acessível, comercialmente falando.

Banda é bastante respeitada em Brasília. Na foto, apresentação no aniversário da capital.

O grupo mandou bem ao escolher como vídeo clipe a “Lei do Tabuleiro”, que abre o álbum (confira ao final da matéria), pois mostra vários aspectos do som total da banda, incluindo a quebra de ritmo, a poesia, o peso e agressividade. Assim como “Resistência” com show de riffs pesados de Fábio Marreco, um dos responsáveis pelo peso e os aspectos que aproximam a banda do Thrash Metal. Mas não ficam para trás a cozinha que senta o braço com Thiago Totem e Alex Siqueira, que, numa junção incrível, dão o tom mais grave para as composições.
Para quem ainda torce o nariz para músicas que são cantadas em inglês, sugiro que ouçam “Vale Quanto Pesa” e revejam seus conceitos, pois um álbum como esse bate muitos outros que tenho ouvido nos últimos anos com letras relevantes e qualidade sonora de cair o queixo. Totem ainda dará o que falar na cena nacional.

Stay on the Road

Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Totem
Álbum: Vale Quanto Pesa
Ano: 2011
País: Brasil
Tipo: Heavy/Thrash/Prog/Hardcore Metal
Agência: Island Press

Formação
Régis Véi (Vocal)
Alex Siqueira (Baixo)
Fábio Marreco (Guitarra)
Thiago Totem (Bateria)



Tracklist
01 – Lei do Tabuleiro
02 – Nojanta
03 – Resistência
04 – Balada Perdida
05 – Imagem e Semelhança
06 – Maracutaia
07 – Esse Morcego
08 – Futibol
09 – Mulher Ônix
10 – Amor de Monstro
11 – Ela Pintada
12 – Toda Estação (Parte 1)

Acesse e conheça a banda
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Island Press

Assista ao vídeo oficial "Lei do Tabuleiro"


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Carach Angren: Sinfonia Paranormal

Trio holandês foge dos clichês e capricha na temática presente nas letras


De todas as vertentes do Black Metal, o sinfônico sem dúvida é aquele que mais divide opiniões, afinal de contas para alguns ele nada mais é do que a evolução natural do estilo, entretanto, para outros ele se torna muito pomposo e exatamente por isso perde aquela maldade tão necessária para o estilo.

Opiniões a parte, sempre olhei o estilo com ressalvas, entretanto uma banda que sempre acompanhei com bastante atenção são os holandeses do Carach Angren, que arrisco a dizer que esse terceiro trabalho “Where The Sink Corpses Forever” irá finalmente jogar a banda ao merecido mainstream e garante o titulo de um dos melhores CDs de Black Metal do ano.

Não que a horda tenha iventado um novo caminho para o estilo, sua sonoridade continua 100% calcada no Metal Sinfônico, mas o que difere essa de qualquer outra banda que infesta a cena é o fato de que aqui a sonoridade foi totalmente bem pensada, ou seja, no que os caras se propõem a fazer, sem dúvida eles são os melhores, lembrando muito o som que o Dimmu Borgir fazia antigamente.

Banda mantém as bases do Black Metal na sua música sinfõnica

Após a enigmática intro “An Ominous Recording”, a orquestração vinda direta da música barroca apontam em “Lingering In an Imprint Haunting” uma bela canção par iniciar algum ouvinte desavisado no mundo do Carach.

Bitte Tötet Mich” dá sequência ao ato, sendo que é disparada a faixa onde o trio se mostra mais entrosado, pois os vocais de Seregor estão mais ríspidos, os teclados de Ardek fazem um contra ponto com toda a brutalidade da música e Namtar, sem dúvida, é o baterista que toda banda extrema sonha em ter: o cara é uma máquina de precisão, uma grande revelação sem dúvida.

Outros destaques vão para “Sir John” e “These Fields are Lurking (Seven Pairs of Demon Eyes)” onde a banda consegue aparar as falhas de seu álbum anterior (“Death Came Through A Phantom Ship”) já que naquele trabalho algumas passagens tornavam-se previsíveis, pensando nisso a banda consegue soar surpreendentemente original deixando o ouvinte atento até o final do CD.

Álbum forte candidato a um dos melhores de 2012

Não poderia fechar essa resenha sem citar a parte lírica do trabalho, um elemento crucial da banda já que a mesma foge totalmente dos clichês do estilo, optando sempre por álbuns conceituais inspirados em contos de terror e, como eles gostam mesmo de dizer, casos sobrenaturais não resolvidos.

Mais assombroso que a temática adotada pelos caras, só mesmo o peso descomunal do seu Black Metal Sinfônico. Não deixe de ouvir um álbum que é presença certa na lista de melhores de 2012.

Texto: Luiz Harley
Revisão/edição: Alexandre Ferreira/Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Carach Angren
Album: Where the Sink Corpses Forever
Ano: 2012
País: Holanda
Tipo: Black Metal Sinfônico
Gravadora/Selo: Maddenig Media

Formação
Seregor (Vocal/Guitarras)
Ardek (Teclados e Sintetizadores)
Namtar (Bateria)

Tracklist
1. An Ominous Recording
2. Lingering In an Imprint Haunting
3. Bitte Tötet Mich
4. The Funerary Dirge of a Violinist
5. Sir John
6. Spectral Infantry Battalions
7. General Nightmare
8. Little Hector What Have You Done?
9. These Fields are Lurking (Seven Pairs of Demon Eyes)

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dragonforce: Amadurecimento Constante



O Dragonforce chega em 2012 com seu melhor álbum da carreira em termos de composições e estrutura musical, pois o amadurecimento que encontramos em “The Power Within” é surpreendente, muito superior aos lançamentos anteriores.

Neste álbum a banda apresenta seu novo vocalista, o novato Marc Hudson, que substitui o bom ZP Theart que deixou a banda em 2010, mas realmente esta mudança foi mais um ponto positivo para sonoridade do grupo, se mostrando um vocalista altura da proposta musical oferecida pelos ingleses, mas não soando cansativo e não abusando dos agudos irritantes que rondam o estilo.

Como estamos falando do Dragonforce obviamente continuamos com suas composições na velocidade da luz, com riffs insanos e solos extremamente velozes, mas o que se destaca neste álbum é como as composições andam, pois estamos falando de um estilo saturado, mas que graças ao Dragonforce ampliou um pouco os horizontes, mas mesmo assim, ainda soava cansativo e exagerado devido aos excessos utilizados em seus álbuns anteriores.


Com uma produção de alto nível com os instrumentos muito bem dosados temos composições como “Holding On”, “Fallen Word” e “Die By The Sword” que prevalecem pela velocidade, com solos virtuosos e supersônicos comandados por Li e Totman, sem contar os vocais de Marc que se encaixou perfeitamente com a banda, mostrando ser mais encorpado e agressivo que de seu antecessor.

Já em músicas como “Cry Thunder” e “Seasons” temos uma faceta diferente, mostrando seu lado mais cadenciado e melódico. Destaque para dupla infernal de guitarras que souberam dosar muito bem entre a velocidade e partes mais melódicas e para o estreante Marc que dá um show a parte.


Podemos dizer que o Dragonforce chegou a outro nível, com um grande amadurecimento em suas músicas, não criando nada de novo, mas sim elevando o nome do Metal Melódico novamente.

Resenha por: Renato Sanson
Edição & Revisão: Alexandre Ferreira
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda/Artista: Dragonforce
Album: The Power Within
Ano: 2012
Tipo: Power Metal
País: Inglaterra

Formação
Marc Hudson (Vocal)
Herman Li (Guitarra Solo & Backing Vocals)
Sam Totman (Guitarra Solo & Backing Vocals)
Frédéric Leclercq (Baixo & Backing Vocal)
Vadim Pruzhanov (Teclado, Teremim & Backing Vocal)
Dave Mackintosh (Bateria & Backing Vocal)



Tracklist
01. Holding On
02. Fallen World
03. Cry Thunder
04. Give Me the Night
05. Wings of Liberty
06. Seasons
07. Heart of the Storm
08. Die by the Sword
09. Last Man Stands 


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Veja o clipe de "Cry Thunder"


O Fim da Nova Era: Edu Falaschi Deixa o Angra

Vocalista gravou 4 discos de estúdio com a banda


Para alegria de uns, tristezas de outros, foi confirmado, pelo próprio vocalista Edu Falaschi através de uma carta aberta de que não é mais vocalista do Angra, posto que ocupa desde 2001, quando do lançamento de “Rebirth”.
            
Há vários meses se cogitava essa possibilidade, devido à clara insatisfação do mesmo em manter-se cantando nos tons que a banda exige, sendo que o ponto crítico foi a apresentação no Rock in Rio, com uma parcela de pessoas culpando o vocalista pela atuação fraca. Além disso, seu foco no trabalho com sua banda Almah (que também anunciou a saída de Felipe Andreoli, que passará a se dedicar apenas ao Angra) e como produtor claramente tem lhe trazido mais prazer do que com a banda que alçou seu nome ao mundo.
            
Do outro lado, Kiko Loureiro, guitarrista do Angra, afirmou em seu Twitter que “quem acompanhou o Angra nos últimos tempos deve entender a decisão. Acredito que seja por hora o mais sensato”, talvez numa clara aceitação da saída. Além disso, garantiu que, em junho, trará notícias sobre a banda.

A banda Angra, agora sem vocalista, deve se manifestar com novidades em breve
            
Boatos sobre o substituto povoam as redes sociais, muita gente cogitando que Andre Matos, vocalista que gravou os três primeiros discos de estúdio, deverá voltar em breve, embora esteja voltado ao Viper (também uma volta, só que comemorativa) e com a carreira solo. Há quem cogite Thiago Bianchi, vocal do Shaman, mesma banda de Ricardo Confessori, também baterista do Angra. Pouco se vê fãs cogitando outros nomes, sendo que muitos afirmam que só com Andre Matos para a banda voltar ao seu auge.
            
Opiniões a parte, essa notícia mobilizou muito as redes sociais, inclusive com as palavras “Angra” e “Edu Falaschi” no Brazil Trends (palavras mais “tuitadas” do momento) e sendo o principal assunto da cena musical do dia no país.
            
Agora é aguardar e desejar sorte para ambos os envolvidos, a banda e seu ex-vocalista, na esperança que, dessa separação, resulte benefícios para todos, especialmente para os fãs.

Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Leia a carta aberta de Edu Falaschi
Leia o anúncio da saída de Felipe Andreoli do Almah