sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Resenha de Show: Dream Theater - Zepp Tokyo (20/10/2014)


De fãs engravatados a headbangers uniformizados, o DT faz sua segunda noite em Tokyo.

Alguém já viu algum fã ir a um show de Rock engravatado? Ou ver um fã beirando os 50 anos com um coturno com cadarços roxos? Não né? Pois é, coisas de Japão. Após a apresentação no festival Loudpark, no Saitama Arena, o Dream Theater fez o segundo show na cidade de Tokyo, entrando pontualmente às 19:00 na casa de shows Zepp Tokyo.

Essa é a terceira casa de shows aqui na cidade que eu vou, e particularmente o som dessa estava perfeito. Antes do show se iniciar, o vocalista James LaBrie pergunta: “Ontem tivemos somente 90 minutos, hoje teremos 3 horas, tudo bem para vocês?” Nem preciso dizer que a galera ficou frenética.


Com set idêntico ao último DVD: “Breaking The Fourth Wall” a banda abre com “False Awakening”, seguida de "The Enemy Inside", e há japonesada um pouco tímida, cantava junto a LaBrie o refrão.

Em “Trial Of Tears”, Jordan e seu teclado são fantásticos! O cara se junta à Petrucci e Myung, que trio perfeito! Enquanto rolava a animação de “Enigma Machine”, (fantástica, diga-se de passagem), Myung parecia ter pulga nos dedos, o cara é rápido e toca demais! Ouvi alguns fãs comentando que não sabiam se assistiam a animação exibida no telão, ou se olhavam para os caras tocando. O público estava encantado!
Mike Mangini não deixa a desejar, comanda a batera muito bem, interage com os presentes, sorri, e faz um solo digno.

A galera em alguns momentos parecia estar anestesiada, alguns esboçavam sorrisos, outros mal piscavam. Só eram então “acordados” quando o frontman se aproximava. Inclusive ele faz questão de dizer e agradecer que o novo álbum está em primeiro lugar no gênero Rock no Japão.


Quando a banda passa a tocar as músicas recentes (do disco que leva o nome da banda lançado em 2013), dá a impressão que os fãs japoneses não conhecem as letras, mas quando iniciam “Lie”, seguida por “Lifting Shadows Off a Dream”, o coro fica bonito. Não rolou nada do “Octavarium”, mas essa dobradinha do álbum “Awake” foi demais! Chega a hora do bis, e é só aparecer 1928 no telão, que a galera deixa a timidez de lado, pulam e acompanham em coro os solos de Petrucci em “Overture 1928”. Deu pra ver que o quinto álbum: “Metropolis Pt2: Scenes from a Memory” é o preferido dos japoneses.

Já se passam mais de duas horas e meia de show, mas ainda a banda tem fôlego para “Finally Free” (com LaBrie em uma performance irretocável), tirei o chapéu. A banda se despede de Tokyo com “Illumination Theory (Outro)”, e os fãs aplaudem de pé, gritam e ovacionam. Realmente foram 3 horas de show para japonês nenhum botar defeito.


Infelizmente não pude registrar o show com fotos, pois aqui no Japão é extremamente proibido câmeras profissionais, semi-profissionais e pasmem, até câmeras de celulares não é permitido. Não havia ninguém registrando o momento, mas não resisti e dei meu “jeitinho brasileiro”.


Cobertura por: Jennifer Yanaguita
Fotos: Jennifer Yanaguita
Edição/revisão: Renato Sanson

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